Fig.7-ETAR
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Como se transmitem os olhos brancos em Drosófila?
Fig.6 -Situação A Fig.7 -Situação B
Nas experiências de Mendel não foi relevante que determinado fenótipo pertencesse à fêmea ou ao macho. O mesmo não se passou nas experiências de Morgan.
Thomas Morgan efectuou o cruzamento fêmea de olhos vermelhos x macho de olhos brancos e o cruzamento recíproco deste: fêmea de olhos brancos x macho de olhos vermelhos. O alelo que condiciona a cor selvagem (w+) é dominante em relação ao alelo que condiciona a cor branca dos olhos (w).
Na situação A (fig.6), no primeiro cruzamento, os indivíduos apresentam todos os olhos vermelhos, sendo 50% fêmeas e 50% machos. Estes resultados estão de acordo com os previstos por Mendel. Porém, no cruzamento recíproco (Situação B), as fêmeas têm todas olhos vermelhos e os machos têm todos os olhos brancos. Não se verifica os resultados que se deveria obter pelas leis de Mendel.
Como pode então explicar-se este resultado?
Na drosófila, como na maioria dos animais, o sexo nasculino e o sexo feminino dependem do par de cromossomas sexuais.
Considerando então que o alelo responsável pela cor branca dos olhos se localiza no cromosoma X, justifica-se os resultados dos dois cruzamentos.
Para os genes localizados no cromossoma X, os resultados obtidos no cruzamento directo ou no recíproco são diferentes. Tais resultados devem-se ao facto de, no macho, o cromossoma Y não possuir os alelos correspondentes do cromossoma X. Os machos manisfestam o único alelo que está localizado no cromossoma X.
Na situação A (fig.6)
Fêmea de olhos vermelhos x Macho de olhos brancos
Fenotipicamente:
50% de fêmeas com olhos vermelhos
50% de machos com olhos vermelhos
Genotipicamente:
50% Xw+ Xw
50% Xw+ Y
F1 x F1
Fenotipicamente:
50% de fêmeas com olhos vermelhos
25% de machos com olhos brancos
25% de machos com olhos vermelhos
Genotipicamente:
25% Xw+ Xw+
25% Xw+ Xw
25% Xw+ Xw
25% Xw Xw
Na situação B (fig.7)
Macho de olhos selvagens x Fêmea de olhos brancos
Fenotipicamente:
50% de fêmeas com olhos vermelhos
50% de machos com olhos brancos
Genotipicamente:
50% Xw+ Xw
50% Xw Y
F1 x F1
Fenotipicamente:
25% de fêmeas com olhos vermelhos
25% de fêmeas com olhos brancos
25% de machos com olhos vermelhos
25% de machos com olhos brancos
Genotipicamente:
25% Xw+ Xw
25% Xw Xw
25% Xw+ Y
25% Xw Y
Hereditariedade ligada aos cromossomas sexuais
Thomas H.Morgan realizou vários estudos com moscas vulgarmente conhecidas por moscas da fruta, cujo nome científico é Drosophila melanogaster.
A forma de Drosophila que predomina na natureza tem o corpo cinzento, olhos vermelhos e asas longas e é chamada forma selvagem.
Existem outras formas, como por exemplo, olhos brancos, corpo negro ou asas vestigiais.
Estes pequenos insectos despertaram a curiosidade de Thomas H. Morgan, quando numa amostra de moscas de fruta com olhos vermelhos, consideradas a forma selvagem, apareceu um macho de olhos brancos.
A forma de Drosophila que predomina na natureza tem o corpo cinzento, olhos vermelhos e asas longas e é chamada forma selvagem.
Existem outras formas, como por exemplo, olhos brancos, corpo negro ou asas vestigiais.
Estes pequenos insectos despertaram a curiosidade de Thomas H. Morgan, quando numa amostra de moscas de fruta com olhos vermelhos, consideradas a forma selvagem, apareceu um macho de olhos brancos.
Fig.5- Thomas H. Morgan
O daltonismo e a hemofilia são dois casos de hereditariedade ligada aos cromossomas sexuais no caso da espécie humana.
Dominância incompleta e Co-dominância
As bocas-de-lobo podem apresentar corolas vermelhas, brancas e rosa.
Quando se cruzam bocas-de-lobo de corola vermelha (VV) com bocas-de-lobo de corola branca (BB), dá-se uma dominância incompleta porque o fenótipo dos indivíduos genotipicamente heterozigóticos, neste caso o rosa (VB), é intermédio entre o fenótipo dos dois homozigóticos.
Através deste xadrez mendeliano obtém-se que:
Quando se cruzam bocas-de-lobo de corola vermelha (VV) com bocas-de-lobo de corola branca (BB), dá-se uma dominância incompleta porque o fenótipo dos indivíduos genotipicamente heterozigóticos, neste caso o rosa (VB), é intermédio entre o fenótipo dos dois homozigóticos.
Através deste xadrez mendeliano obtém-se que:
Fig.4- Xadrez Mendeliano
Bocas-de-lobo com corola cor-de-rosa originarão três tipos de fenótipos diferentes, ou seja, 25% de plantas de cor vermelha; 25% de plantas brancas e 50% de plantas cor-de-rosa.
Este é um caso de dominância incompleta, no qual nenhum dos alelos domina sobre o outro, dando-se a sua "mistura" .
Na co-dominância não existe a "mistura" de características como na dominância-incompleta. Os dois alelos presentes num gnótipo expressam-se ambos compltamente no fenótipo.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Como se transmite a cor da corola nas ervilheiras?
Mendel começou por estudar a transmissão de uma só característica, relativamente à cor da corola das ervilheiras, realizando cruzamentos de monibridismo.
Na fig.3 pode-se observar que se dá um cruzamento entre uma ervilheira com corola púrpura e outra de corola branca (geração P). Deste cruzamento resultam ervilheiras de corola púrpura (geração F1) que cruzadas entre si dão origem a 75% de ervilheiras de corola púrpura e 25% de ervilheiras de corola branca (geração F2).
E porque?
O cruzamento entre os progenitores (geração P) origina na geração F1 ervilheiras de corola púrpura, ou seja, a corola púrpura é um alelo dominante e a corola branca é um alelo recessivo. A geração F1 recebe um alelo de cada progenitor, sendo o seu genótipo Aa, manifestando-se apenas a cor púrpura.
Legenda:
A- alelo dominante para a corola púrpura
a- alelo recessivo para a corola branca
Quando se cruzam ervilheiras da geração F1, como cada ervilheira possui um genotipo Aa, dá-se:
Origem a:
Fenotipicamente
75% das ervilheiras com corola púrpura
25% das ervilheiras com corola branca
Genotipicamente:
25% aa (homozigótica)
50% Aa (heterozigótica)
25% AA (homozigótica)
Fig.3- Transmissão dos caracteres na ervilheira Pisum sativum
E porque?
O cruzamento entre os progenitores (geração P) origina na geração F1 ervilheiras de corola púrpura, ou seja, a corola púrpura é um alelo dominante e a corola branca é um alelo recessivo. A geração F1 recebe um alelo de cada progenitor, sendo o seu genótipo Aa, manifestando-se apenas a cor púrpura.
Legenda:
A- alelo dominante para a corola púrpura
a- alelo recessivo para a corola branca
Quando se cruzam ervilheiras da geração F1, como cada ervilheira possui um genotipo Aa, dá-se:
Origem a:
Fenotipicamente
75% das ervilheiras com corola púrpura
25% das ervilheiras com corola branca
Genotipicamente:
25% aa (homozigótica)
50% Aa (heterozigótica)
25% AA (homozigótica)
Tudo começou com uma ervilheira ...
Gregor Mendel (1822-1884) foi um investigador que realizou experiências importantes para o esclarecimento da transmissão dos caracteres hereditários, sendo conhecido como "o pai da genética".
Os seus trabalhos mais notórios foram com as ervilheiras da espécie Pisum sativum.
É de salientar que Mendel não possuia os conhecimentos que temos na actualidade, desconhecendo genes, DNA, cromossomas e mesmo a gametogénese ou a meiose, dando o nome factor aos alelos.
Os seus trabalhos mais notórios foram com as ervilheiras da espécie Pisum sativum.
É de salientar que Mendel não possuia os conhecimentos que temos na actualidade, desconhecendo genes, DNA, cromossomas e mesmo a gametogénese ou a meiose, dando o nome factor aos alelos.
Fig. 2 -Gregor Mendel
Antes de começar
Para compreender melhor a "linguagem" da genética, no seguinte site exibimos uma lista de palavras e o seu significado, e também uma tabela com os símbolos utilizados nas árvores genealógicas...
http://palavraschavegenetica.blogspot.com/
http://palavraschavegenetica.blogspot.com/
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Património genético
De geração em geração e através dos gâmetas, o património genético passa de pais para filhos. As células eurcarióticas apresentam no seu núcleo individualizado um conjunto de estruturas filamentosas constituídas por DNA e proteínas, designando-se cada uma delas por cromossoma.
No cariótipo pode ser possível distinguir os cromossomas sexuais ou heterossomas, dos restantes cromossomas, os autossomas.
Fig. 1 - Cariótipo humano feminino |
Contudo, a maior parte das unidades de informação genética, isto é, dos genes, que os descendentes herdam não se manifesta. Importa então conhecer as regras que determinam a transmissão das características hereditárias.
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